sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A região Sul




A região Sul é uma das cinco grandes regiões em que é dividido o Brasil. Compreende os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina , que juntos totalizam uma superfície de 576.300,8 km². A região Sul é a menor das regiões brasileiras e faz parte da região geoeconômica Centro-Sul. É um grande polo turístico, econômico e cultural, abrangendo grande influência européia, principalmente de origem italiana e germânica. A região Sul apresenta altos índices sociais em vários aspectos: possui o maior IDH do Brasil , 0,831, e o segundo maior PIB per capita do país, 13.208,00 reais, atrás apenas da região Sudeste. A região é também a mais alfabetizada, 94,8% da população.
Faz fronteiras com o Uruguai ao sul, com a Argentina e com o Paraguai ao oeste,com a região Centro-Oeste e com a região Sudeste do Brasil ao norte e com o oceano Atlântico ao leste.
Sua história é marcada pela grande imigração européia, pela Guerra dos Farrapos, também chamada de Revolução Farroupilha e mais recentemente pela Revolução Federalista, com seu principal evento o Cerco da Lapa. Outra revolta ocorrida na história da região foi a Guerra do Contestado, de caráter religioso.

Relevo


O relevo da região destaca-se por apresentar uma ampla variedade de geotipos, como planaltos, planícies, serras, montanhas, cânions e ilhas com influência na compartimentação do clima e da vegetação. A sua fisionomia é bastante peculiar se comparada às outras regiões brasileiras, além de apresentar cenários naturais de formidável beleza cênica.
As grandes unidades de relevo são representadas na região por um conjunto de planaltos bem marcados, com terrenos cristalinos na borda oriental. No setor mais próximo do oceano, destacam-se serras de grande expressão e altitudes superiores a 1.000 m, como as serras do Mar e Geral. Em direção ao interior, o setor oriental apresenta um relevo de constituição basicamente sedimentar, formando planaltos escalonados pouco inclinados a oeste, surgindo, por vezes, altitudes superiores às dos relevos do planalto cristalino, tendo, nas proximidades do Rio Paraná, cotas que decrescem entre 100 e 300 m. Esses terrenos sedimentares, correspondem, aproximadamente, às áreas do relevo regional, e constituem a extensa Bacia Sedimentar do Paraná, que domina a paisagem.
As planícies sedimentares litorâneas diversificam o quadro do relevo regional. No Paraná, a proximidade da Serra do Mar determina um litoral recortado, articulado com saliências, pontais, ilhas alternadas com exíguas baixadas litorâneas, acompanhando as direções estruturais N-NE da borda cristalina oriental. Em Santa Catarina, o litoral toma direção inicial N-S e a seguir NE-SO, evidenciando o desgaste sofrido pelas escarpas da Serra do Mar, recuada e fragmentada em colinas junto à costa. No Rio Grande do Sul, a borda cristalina rebaixada e interiorizada permitiu a formação de um litoral mais amplo, baixo e retilinizado com a formação de restingas que barram as lagoas costeiras, como a dos Patos e Mirim.
Na região litorânea as altitudes variam desde o nível do mar até cotas superiores a 1.900 m nos picos mais elevados. Entretanto, pode-se estimar em cerca de 2/3 da superfície regional a área acima da cota dos 500 m.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A economia da região Sul

A economia da Região Sul do Brasil é bastante diversificada e bem distribuída entre seus vários setores:
Produto Interno Bruto
O Sul é a segunda região mais rica do Brasil, depois do Sudeste, representando em 2003 18,6% do PIB brasileiro. Tem grande potencial industrial, e de agricultura com tecnologia. O Sul também é um grande exportador nacional, com destaque para produtos agrícolas e agro industriais, como grãos e aves.
SETORES:
Setor Primário:Agricultura
A maior parte do espaço territorial sulista é ocupado pela pecuária, porém a atividade econômica de maior rendimento e que emprega o maior número de trabalhadores é a agricultura. A atividade agrícola no Sul distribui-se em dois amplos e diversificados setores:
Policultura: desenvolvida em pequenas propriedades de base familiar. Foi introduzida por imigrantes europeus, principalmente alemães, na área originalmente ocupada pelas florestas. Cultivam-se principalmente milho, feijão, mandioca, batata, maçã, laranja, e fumo;
Monocultura comercial: desenvolvida em grandes propriedades. Essa atividade é comum nas áreas de campos do Rio Grande do Sul, onde cultivam soja, trigo, e algumas vezes, arroz. No Norte do Paraná predominam as monoculturas comerciais de algodão, cana-de-açúcar, e principalmente soja, laranja, trigo e café. A erva-mate, produto do extrativismo, é também cultivada.
Para compreender com mais claramente a distribuição das atividades agrícolas pela região, analise a tabela seguinte com os respectivos dados sobre os produtos agrícolas.
Pecúaria
No Paraná, possui grande destaque a criação de suínos, atividade em que esse estado é o primeiro do Brasil, seguido do Rio Grande do Sul. Essa criação processa-se paralelamente ao cultivo do milho, além de abastecer a população, serve de matéria-prima a grandes frigoríficos.Os campos do Sul constituem excelente pastagem natural para a criação de gado bovino, principalmente na Campanha Gaúcha ou pampa, no Estado do Rio Grande do Sul. Desenvolve-se ali uma pecuária extensiva, criando-se, além de bovinos, também ovinos. A região Sul reúne cerca de 18% dos bovinos e mais de 60% dos ovinos criados no Brasil, sendo o Rio Grande do Sul o primeiro produtor brasileiro.
A pecuária intensiva também é bastante desenvolvida na região Sul, que detém o segundo ranking na produção brasileira de leite. Parte do leite produzido no Sul é beneficiado por indústrias de laticínio.
Extrativismo
A madeira do pinheiro-do-paraná foi um produto importante do extrativismo vegetal.
O extrativismo na região Sul, apesar de ser uma atividade econômica complementar, é bastante desenvolvido em suas três modalidades:
Extrativismo vegetal: praticado na Mata de Araucárias, da qual se aproveitam o pinheiro-do-paraná, a imbuia, a erva-mate e algumas outras espécies, utilizadas principalmente pelas serrarias e fábricas de papel e celulose;
Extrativismo animal: praticado ao longo da faixa costeira, com uma produção de pescado que equivale a cerca de 25% do total produzido no Brasil, com destaque para a sardinha, a merluza, a tainha, o camarão, etc.;
Extrativismo mineral: destacam-se o carvão mineral, na região de Criciúma, o caulim, matéria-prima que abastece fábricas de azulejos e louças em Santa Catarina e no Paraná e cuja extração na região de Campo Alegre chega a 15 mil toneladas mensais, a argila e o petróleo, explorado na plataforma continental.
Setor secundário:Indústria
O Sul é a segunda região do Brasil em número de trabalhadores e em valor e volume da produção industrial. Esse avanço deve-se a uma boa rede de transportes rodoviários e ferroviários, grande potencial hidrelétrico, fácil aproveitamento de energia térmica, grande volume e variedade de matérias-primas e mercado consumidor com elevado poder aquisitivo.
Encontra-se na região metropolitana de Curitiba, a capital paranaense, o segundo maior pólo automobilístico da América Latina, composto por empresas como Audi, Volkswagen, Renault, Volvo, New Holland, Chrysler e produção de modelos Mazda e Mini Cooper.
A distribuição das indústrias do Sul é bastante diferente da q
ue ocorre na região Sudeste. Nesta região predominam grandes complexos industriais com atividades diversificadas, enquanto o Sul apresenta as seguintes características:
Presença de indústrias próximas às áreas produtoras de matérias-primas. Assim, os laticínios e frigoríficos surgem nas áreas de pecuária, as indústrias madeireiras nas zonas de araucárias, e assim por diante;
Predomínio de estabelecimentos industriais de médio e pequeno porte em quase todo o interior da região;
Predomínio de indústrias de transformação dos produtos da agricultura e da pecuária.
As maiores concentrações industriais situam-se nas regiões metropolitanas de Curitiba no Paraná e Porto Alegre, no
Rio Grande do Sul, merecendo destaque também:
A região metropolitana de Porto Alegre, na qual se sobressaem as indústrias automotiva, petroquímica, de tecnologia de informação e coureiro-calçadista;
A região metropolitana de Curitiba, com sua crescente visão de planejamento, mudou o rumo econômico do Sul implantando o segundo maior pólo automobilístico da América Latina. Juntamente com o norte catarinense, a região metropolitana de Curitiba concentra a melhor e mais avançada mão-de-obra técnica e especializada na manufatura de itens de segunda e terceira geração, atraindo a maioria dos investimentos tecnológicos destinados à região;
O norte do Paraná, onde estão localizadas cidades tais como Londrina, Maringá, Apucarana, Paranavaí, entre outras, favorecidas pela grande quantidade de matérias-primas e fontes de energia, rede de transportes desenvolvida e localização geográfica favorecida,ligando os maiores pólos econômicos do país com o interior da região Sul;
A região do vale do rio Itajaí em Santa Catarina, na qual se destaca a indústria têxtil, cujos centros econômicos são: Joinville, Blumenau, Itajaí e Brusque, e também de cristais finos e softwares, com sedes próprias em Blumenau.
O litoral sul de Santa Catarina, onde desenvolvem-se atividades industriais associadas à exploração do carvão, projetando na região onde ficam cidades como Imbituba, Laguna, Criciúma e Tubarão;
A região de Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves, onde estão instaladas as máquinas e os equipamentos da principal indústria vinícola do Brasil.
A região que inclui a cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, com uma expressiva produção de tabaco para a fabricação de cigarros.
A porção noroeste do Rio Grande do Sul, incluindo o vale do rio Uruguai, onde merecem destaque as indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas, especialmente trigo, soja e milho. Passo Fundo, Santo Ângelo, Cruz Alta e Erechim são as cidades mais importantes dessa área;
O Campanha Gaúcha, onde se destacam Bagé, Uruguaiana (maior município produtor de arroz do Brasil), Alegrete e Santana do Livramento, cidades que possuem grandes frigoríficos, em geral, controlados pelo capital transnacional;
O litoral lagunar do Rio Grande do Sul, onde Pelotas(indústria de frigorícos) e Rio Grande (maior porto marítimo da região) se destacam.
Além dessas concentrações industriais, merecem destaque como cidades industriais isoladas: Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Paranaguá, no Estado do Paraná; Florianópolis, Joinville, Lages, Blumenau e Chapecó em Santa Catarina; e Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Energia
A região Sul é muito rica em xisto betuminoso e carvão mineral. O carvão mineral é utilizado para produzir energia elétrica nas usinas termoelétricas. Além desses minérios, a região possui também energia elétrica em abundância, graças às características de sua hidrografia — os rios caudalosos e os rios de planalto.
A maior usina hidrelétrica da região é a Itaipu, inaugurada em 1983, que aproveita os recursos hídricos do rio Paraná, mais precisamente nas imediações das cidades de Foz do Iguaçu (Brasil), na margem esquerda e Ciudad del Este, antiga Puerto Presidente Stroessner (Paraguai), na margem direita. Como é considerada a maior usina hidrelétrica do mundo, sua energia é utilizada em partes iguais por ambos países a que pertencem, Brasil e Paraguai.
Além de abastecer a região Sul, a energia da Usina hidrelétrica de Itaipu é imensamente utilizada em outras regiões brasileiras, inclusive na região Sudeste, que é mais desenvolvida, com indústrias de grande porte.
A distribuição de energia elétrica na região Sul é controlada pela Eletrosul, com sede em Florianópolis (SC), que estende a atuação ao Estado de Mato Grosso do Sul e também a outras áreas do Brasil, devido a interligações com a rede de energia da região Sudeste.
Em relação às u
sinas hidrelétricas que ainda existem em atividade desde o século XX, entraram em funcionamento entre as décadas de 1990 e 2000, tais como UHE Ilha Grande, no rio Paraná, UHE Machadinho, no rio Pelotas, e UHE Itá, no rio Uruguai.
Setor terciário:Transporte
O Sul é bem servido no setor de transportes, dispondo de condições naturais que facilitam a implantação de uma boa malha rodoviária e ferroviária. Além disso, o fato de sua população distribuir-se uniformemente, sem grandes vazios populacionais, permite que sua rede de transportes seja mais eficiente e lucrativa.
Embora quase todas as principais cidades da região sejam servidas por linhas da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), o transporte rodoviário é mais desenvolvido. A região conta com várias estradas, tais como a Rodovia Régis Bittencourt, ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul, e a Rodovia do Café, alcançando o norte do Paraná até o porto de Paranaguá. Como as demais regiões do Brasil, os transportes ferroviários e rodoviários necessitam de investimentos que permitam a manutenção das vias já existentes e a abertura de outras novas.
Também os mais movimentados aeroportos do Brasil, depois dos aeroportos da região Sudeste e de Brasília, estão localizados no Sul. Esta região possui ainda portos marítimos em atividade: o porto de Paranaguá, que exporta principalmente café e soja; os portos de Imbituba e Laguna, em Santa Catarina, exportadores de carvão mineral; os portos de Florianópolis, São Francisco do Sul e Itajaí, também em Santa Catarina, exportadores de madeira; e finalmente os portos de Rio Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, pelos quais passam mercadorias d
iversificadas.
Turismo
O Parque Nacional do Iguaçu, onde se localizam as Cataratas do Iguaçu, é uma Unidade de Conservação brasileira. Está localizado no extremo-oeste do estado do Paraná, tendo sido criado em 10 de janeiro de 1939 , através do decreto lei nº 1.035. Sua área total é de 185.262,2 hectares. Em 1986 recebeu o título, concedido pela UNESCO, de Patrimônio Mundial.
Durante os dias quentes de verão, as praias catarinenses são procuradas e freqüentadas por turistas do Brasil inteiro e de outros países estrangeiros. Florianópolis, atrás apenas das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), é uma das capitais brasileiras mais visitadas. Com o fim da crise econômica nos países do Mercosul, parte do movimento de argentinos, uruguaios e paraguaios voltou ao proveito do turismo de verão, em cidades balneárias tais como Balneário Camboriú e Barra Velha. São pontos turísticos os patrimônios da humanidade: Cataratas do Iguaçu no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná e as Ruínas Jesuítico-Guaranis de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul.
As serras gaúcha e catarinense atraem turistas no inverno rigoroso, que vêm aproveitar as temperaturas mais baixas e a neve, inclusive em Urubici (SC). Em Cambará do Sul (RS), localiza-se o Parque Nacional de Aparados da Serra, onde fica o cânion do Itaimbezinho.
O charme e o requinte da colonização européia de Curitiba fazem com que a capital paranaense atraia um número cada vez maior de visitantes que buscam as belezas do planejamento urbano, as delícias do bairro de Santa Felicidade e as modernidades culturais do Sul concentradas no Museu Oscar Niemeyer. Curitiba concentra, também, a melhor e maior estrutura hoteleira do Sul regada à segunda melhor cadeia gastronômica do país.Eis alguns principais pontos ecoturísticos:

Paraná: Paranaguá/Graciosa

Tendo com unidade formadora o Complexo Estuarino Lagunar de Paranaguá/Guaraqueçaba e o Parque Estadual do Marumbi, esse Pólo contempla atividades desde o alto da serra até os limites externos das ilhas de Superagui e do Mel.


  • Campos Gerais

Situado na zona de transição entre o Primeiro e Segundo Planalto Paranaense, o Pólo Ecoturístico Campos Gerais tem como unidades formadoras os Parques Estaduais de Vila Velha e Guartelá, seu eixo de ligação e as áreas de entorno.

  • Costa Oeste
Localizado nas fronteiras entre Brasil, Paraguai e Argentina, o Pólo Ecoturístico Costa Oeste é formado por parte do Reservatório da Represa de Itaipu e seu entorno, tendo como vértices os Parques Nacionais de Iguaçú e o município de Itaipulândia.

Santa Catarina:

  • Alto do vale Itajaí

O Pólo Ecoturístico do Alto Vale do Itajaí está localizado praticamente no vértice do vale, na confluência dos rios Itajaí do Norte e Itajaí-Açu. Propicia a prática de esportes radicais como rafting, rappel, escalada, em várias cachoeiras e observação em áreas de natureza ainda preservada.

  • Ilha de Santa Catarina
O Pólo Ecoturístico Ilha de Santa Catarina tem como unidade formadora o alinhamento das Unidades de Conservação existentes no município de Florianópolis e seu entorno. É limitado ao sul pelo Parque Estadual Serra do Tabuleiro, ao norte pela Reserva Biológica do Arvoredo e a noroeste pela APA de Anhatomirim.

  • Planalto serrano

Os elementos formadores do Pólo Ecoturístico Planalto Serrano são a região de Lages com suas estruturas voltadas ao turismo rural, o Parque Nacional de São Joaquim e as serras adjacentes.

Rio Grande do Sul:
  • Serra Gaúcha

O Pólo Ecoturístico Serra Gaúcha compreende a região desde o complexo turístico Canela/Gramado até os Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral.

  • Região Central

O Pólo Ecoturístico da Região Central está inserido na área da transição entre os terrenos altos do final da Serra Geral e as terras baixas e planas do Pampa Gaúcho

Infraestrutura

Educação

A Região Sul do Brasil possui a maior taxa de alfabetização do país, com 92,2% e também a menor em número de analfabetos (7,8%). Conta com 587.853 alunos matriculados no ensino infantil, 4.380.912 no ensino fundamental, 1.202.301 no ensino médio e 473.583 no ensino superior.
Suas melhores universidades são: a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal do Paraná (a mais antiga do Brasil), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, a Universidade Federal de Santa Maria, a Universidade Estadual de Maringá, a Universidade Estadual de Londrina, a Universidade do Estado de Santa Catarina, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, entre outras.

Saúde

O índice de mortalidade infantil é de 20,3% por mil nascidos vivos. Evoluiu o número de estabelecimentos de saúde entre 8.000 e 10.000, já no ano de 1999. O Paraná é o estado que possui o maior número de estabelecimentos da rede SUS com internação, com 469 lugares, ao mesmo tempo que Santa Catarina é detentora do menor índice (207); o Rio Grande do Sul tem um índice equilibrado de estabelecimentos de SUS com internação (379).






sábado, 17 de outubro de 2009

História da região Sul


Os primeiros habitantes da região Sul foram os indígenas. Em 1626 vieram os padres jesuítas espanhóis para catequizar os índios. Esses religiosos fundaram aldeias denominadas missões ou reduções. Os índios que habitavam as missões criavam gado, ou seja, dedicavam-se à pecuária, trabalhavam na agricultura e aprendiam ofícios. Os bandeirantes paulistas atacaram as missões para aprisionar os índios. Com isso, os padres jesuítas e os índios abandonaram o lugar e o gado ficou solto pelos campos. Muitos paulistas foram aos poucos se fixando no litoral de Santa Catarina. Eles fundaram as primeiras vilas no litoral. Os paulistas interessaram-se também pelo comércio do gado. Os tropeiros, isto é, os comerciantes de gado, reuniam o gado espalhado pelos campos. Eles levavam os animais para vender nas feiras de gado, em Sorocaba. No caminho por onde as tropas passavam surgiram povoados. Os tropeiros também organizaram as primeiras estâncias, ou seja, fazendas de criação de gado. Para defender as estâncias que tinham sido criadas, o governo português mandou construir fortes militares na região. Em volta dos fortes surgiram povoados. Durante muitos anos, os portugueses e os espanhóis lutaram pela posse de terras do Sul. As brigas continuaram e apenas foram resolvidas com a assinatura de tratados. Esses tratados determinaram os limites das terras localizadas no sul do Brasil. A população da região Sul aumentou muito com a chegada dos primeiros imigrantes europeus. Os primeiros imigrantes foram os açorianos. Depois vieram principalmente os alemães e os italianos. Outros grupos (árabes, poloneses e japoneses) também procuraram a região para morar. Os imigrantes fundaram colônias que se tornaram cidades importantes. As terras do norte e oeste do Paraná e do oeste de Santa Catarina foram as últimas regiões a serem povoadas. O norte do Paraná foi povoado com a criação de colônias agrícolas financiadas por uma companhia inglesa. Pessoas de outros estados do Brasil e de mais de 40 países vieram para a região trabalhar como colonos no plantio de café e de cereais. No oeste catarinense desenvolveram-se a pecuária, a exploração da erva-mate e da madeira.

Cultura


  • Culinária
A Região Sul do Brasil foi povoada por imigrantes Europeus de várias nacionalidades, com destaque para os italianos, alemães e poloneses, cada um trouxe consigo suas características culturais (costumes, idioma, culinária, danças, entre outras manifestações).
Na culinária destacam-se:
  • No Rio Grande do Sul
-Arroz Carreteiro
-Café colonial
-Chimarrão
-Churrasco
-Rabada


  • Paraná
-Barreado
-Carneiro no buraco
-Churrasco
-Chimarrão
-Tererê
-Pinhão
-Dourado Assado
-Pirão de peixe


  • Em Santa Catarina
-Empadas
-Marreco
-Polenta
-Chucrute




Hidrografia


Tanto a serra do Mar como a serra Geral estão localizadas próximas do litoral. Dessa forma, o relevo da região Sul inclina-se para o interior e a maior parte dos rios — que é o planalto — segue de leste para oeste. Concentram-se em duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Uruguai,ambas subdivisões da Bacia Platina. Os rios mais importantes são volumosos e possuem grande potencial hidrelétrico, o que já está sendo explorado no rio Paraná, com a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu (atualmente a maior do mundo). Essa exploração permite ao Sul e ao Sudeste uma crescente utilização de energia elétrica, tanto para consumo doméstico como industrial, fazendo-se necessária a continuidade dos investimentos nessa área. Os rios sulistas que percorrem em direção ao mar fazem parte de um conjunto de bacias secundárias, conhecido como Bacias do Sudeste-Sul. Entre essas, a de maior aproveitamento para hidreletricidade é a do rio Jacuí, no Rio Grande do Sul. Outra, muito conhecida pelas suas imprevisíveis cheias, é a do rio Itajaí, em Santa Catarina, que atinge uma região bastante desenvolvida, influenciada basicamente pela colonização alemã.

Vegetação


Quando muitos geógrafos brasileiros se referem ao sul do Brasil, é comum se lembrar da Mata de Araucárias ou Floresta dos Pinhais e do grande pampa gaúcho, formações vegetais típicas da região, embora não sejam as únicas. A Mata de Araucárias é a paisagem típica da vegetação de planalto da região Sul, bastante devastada e da qual só restam alguns trechos, aparece nas partes mais elevadas dos planaltos do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, na forma de manchas entre outras formações vegetais. A Araucaria angustifolia(pinheiro-do-paraná) adapta-se mais facilmente às baixas temperaturas, comuns nas partes mais altas do relevo, e ao solo de rocha mista, arenito e basalto, que se concentra no planalto Arenito-basáltico, no interior da região. Desta mata são extraídos principalmente o pinheiro-do-paraná e a imbuia, utilizados em marcenaria, e a erva-mate, cujas folhas são empregadas no preparo do chimarrão. Além dessa mata, a serra do Mar, muito úmida devido à proximidade com o oceano Atlântico, favorece o desenvolvimento da mata tropical úmida da encosta, ou Mata Atlântica, muito densa e com grande variedade de espécies, inicia-se no Nordeste e continua pelo Sudeste até chegar ao Sul.
A Mata de Araucárias, que foi o panorama vegetal típico da região, aparece atualmente apenas em trechos. A devastação iniciou-se no final do Império, devido a concessões feitas pelo governo à abertura de estradas de ferro, e agravou-se com a atividade madeireira. No Norte e Oeste do Paraná, as poucas manchas de floresta tropical estão praticamente destruídas, devida à expansão agrícola. Nos últimos anos, tem-se tentado implantar uma política de reflorestamento.
A região Sul é ocupada também por vastas extensões de terra de campos limpos, conhecidos pelo nome de campos meridionais, divididos em duas áreas distintas. A primeira corresponde aos campos dos planaltos, que ocorrem em manchas desde o Paraná até o norte do Rio Grande do Sul. A segunda área — os campos da campanha — é mais extensa e localiza-se inteiramente no Rio Grande do Sul, em uma região conhecida como Campanha Gaúcha ou pampa. É a vegetação natural das coxilhas e aparece como uma camada de ervas rasteiras.
Finalmente, junto ao litoral, merece destaque a vegetação costeira de mangues, praias e restingas, que se assemelham às de outras regiões do Brasil.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Clima

No Brasil, país predominantemente tropical, somente a região Sul é dominada pelo clima subtropical (um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina), ou seja, o clima típico desta região é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde são registradas as mais baixas temperaturas do país. Nesse clima, as médias variam de 16°C a 20°C, mas o inverno costuma ser bastante frio para os padrões brasileiros, com geadas frequentes em quase todas as áreas, e em locais de altitudes mais elevadas, queda de neve. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta. As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro, mas no norte do Paraná — transição para a zona intertropical — concentram-se nos meses de verão. Podem-se encontrar também características de tropicalidade nas baixadas litorâneas do Paraná e Santa Catarina, onde as médias térmicas são superiores a 20°C e as chuvas caem principalmente no verão. Os ventos também afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas. No inverno, as frentes frias, que são geralmente seguidas de massas de ar vindas do Pólo Sul, causam resfriamentos e geadas. Os habitantes do Sul chamam esse vento frio de minuano ou pampeiro. É importante ressalvar, que as características contidas no clima da região Sul do Brasil, têm grande influência graças à Massa Polar Atlântica (MPA) que é fria e úmida. A mesma origina-se no anticiclone situado ao sul da Patagônia. Sua atuação é mais intensa no inverno, com presença marcante nas regiões Sul e Sudeste.

domingo, 4 de outubro de 2009

Características da região Sul

Área total: 577.214 km²População (2000): 25.789.083 habitantes
Densidade demográfica (2000): 43,46 hab/km²
Maiores cidades (Habitantes/2000): Curitiba (1.586.848); Porto Alegre (1.360.033); Londrina-PR (446.822); Joinville-SC (429.004); Caxias do Sul-RS (360.223); Florianópolis (341.781); Pelotas-RS (323.034); Canoas-RS (305.711); Maringá-PR (288.465); Ponta Grossa-PR (273.469); Blumenau-SC (261.505); Foz do Iguaçu-PR (258.389); Cascavel-PR (245.066); Santa Maria-RS (243.396).
Estados: Paraná,Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

População grande em área pequena

A região Sul é a menor em superfície territorial do Brasil, ocupa cerca de 7% do território brasileiro, mas por outro lado, sua população é duas vezes maior que o número de habitantes das regiões Norte e Centro-Oeste. Seus 26.973.511 habitantes representam uma densidade demográfica de 43,50 hab./km². Com um desenvolvimento relativamente igual nos setores primário, secundário e terciário, essa população apresenta os mais altos índices de alfabetização registrados no Brasil, o que explica, em parte, o desenvolvimento socioeconômico da região em comparação com as outras regiões brasileiras.

Paisagens geoeconômicas bem diferenciadas
No Sul, originalmente, diferenciavam-se duas áreas: a de florestas e a de campos. A primeira, colonizada por imigrantes alemães, italianos e eslavos, assumiu um aspecto europeu, com pequenas e médias fazendas voltadas para a policultura. A região de campos, ao contrário, ocupada desde a época colonial por latifundiários escravocratas, foi utilizada inicialmente para a pecuária extensiva e, mais tarde, também para o cultivo de trigo e soja. Hoje em dia, com o êxodo rural e inovações da agricultura, aumentou-se muito a concentração fundiária na região.
Atualmente, além dessas duas paisagens, há também as áreas industriais e urbanizadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Curitiba, no Paraná e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Também é importante destacar a região norte do Paraná, que compreende como cidades pólo Londrina e Maringá, considerada "celeiro do Brasil" possui a maior produção de grão do país e a terceira maior do mundo, concentrando grande influência no campo agroindustrial.
Embora distintas, essas paisagens geoeconômicas estão integradas, o que facilita caracterizar a região como a mais uniforme do Brasil quanto ao índice de desenvolvimento humano.

Localização ao sul do Trópico de Capricórnio
A região Sul é a única região brasileira localizada quase totalmente abaixo do Trópico de Capricórnio e, por isso mesmo, é a mais fria do Brasil. O clima dominante é o subtropical e são freqüentes as geadas. Em altitudes elevadas também ocorrem ocasionalmente precipitações de neve. As estações do ano são bem definidas e as chuvas, em geral, distribuem-se em grande quantidade ao longo do ano. O clima regional do sul, em comparação com as demais regiões do país, caracteriza-se por sua homogeneidade, notadamente no que se refere à sua pluviometria e ao ritmo estacional de seu regime. Destaca-se um clima mesotérmico bastante úmido no planalto Meridional e subtropical, e superúmido na faixa litorânea e na encosta atlântica, com temperaturas bastante elevadas. Como característica geral, o clima do Sul é o subtropical, apresentando uma sensível oscilação térmica durante o ano. É possível diferenciar nitidamente duas estações: o inverno, que pode ser frio e o verão, quente, sobretudo nas áreas de baixa altitude dos três estados. Apenas o extremo noroeste do estado do Paraná e os litorais do Paraná e Santa Catarina apresentam invernos amenos e verões quentes, excetuando-se os locais mais elevados do planalto, de clima mais brando. Na região Sul, mais precisamente em Santa Catarina, foram registradas tanto a mais alta (até 2005), quanto a mais baixa temperatura de todo o Brasil.

Indicadores

Os três estados do sul - além do Distrito Federal -, são quem reúnem os melhores indicadores nacionais em educação, saúde e qualidade de vida (nesse último item, inclui-se também o estado de São Paulo). Apesar dos três estados estarem entre os dez maiores arrecadadores de impostos do país, recebem menos verbas federais que os estados do Nordeste - mais carentes. Na tentativa de equilibrar as contas, catarinenses e paranaenses lançam mão de programas de privatização de companhias de energia, água e bancos estaduais.

Demografia

Com 25.107.616 habitantes, de acordo com censo demográfico de 2000, o Sul é a terceira região do Brasil em população, embora apresente uma densidade populacional de 43,50 hab./km², mais de duas vezes maior que a do Brasil.
Seu desenvolvimento econômico é muito forte tanto no campo como nas cidades. Embora a oposição entre as aglomerações urbanas e vazios populacionais, no Sul, não seja tão definido como em outras regiões, os centros urbanos, incluindo Curitiba, Porto Alegre e cidades do Vale do rio Itajaí, apresentam altas densidades populacionais. Os trechos menos populosos do Sul localizam-se na Campanha Gaúcha, pois a atividade econômica dominante é a pecuária extensiva, que emprega pouca mão-de-obra.

Modo de vida

A região Sul se destaca por apresentar as mais elevadas taxas de alfabetização de expectativade vida do Brasil tendo também o maior Índice de Desenvolvimento Humano.

Urbanização

A mecanização da agricultura e a agroindústria favorecem a mudança de famílias do campo para a cidade. Na Região Sul, que apresenta os menores percentuais nas migrações internas do Brasil, 82% da população vive em centros urbanos. A conseqüência imediata desse alto índice de urbanização é a formação de bolsões de miséria nas principais cidades da região. A grande pobreza atinge até mesmo parte da região de Curitiba, capital do Paraná, considerada um modelo mundial de cidade.

Política

Os governadores dos três estados da Região Sul do Brasil, com mandato até 2011, são os seguintes:

  • Unidade da federação:
Paraná:Governador:Roberto Requião, partido:Partido do Movimento Democrático Brasileiro(PMDB),Vice-Governador:Orlando Pessuti.


Santa Catarina:Governador:Luiz Henrique da Silveira,partido:Partido do Movimento Democrático Brasileiro(PMDB),Vice-Governador:Leonel Pavan.



Rio Grande do Sul:Governadora:Yeda Crusius,partido:Partido da Social Democracia Brasileira(PSDB),vice-governador:Paulo Feijó.


Estados:

  • Paraná:
Localização:entre os Estados de São Paulo, a norte; Santa Catarina, a sul; Mato Grosso do Sul, Argentina e Paraguai, a oeste; e o oceano Atlântico, a leste.
Área:
199.314,9 km2. Relevo: baixada no litoral, planaltos a leste e oeste, depressão no centro.
Ponto mais elevado: pico Paraná, na serra do Ma
r (1.922 m).
Rios principais: Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapane
ma, Itararé, Piquiri.
Vegetação: mangue no litoral, mata Atlântica, floresta tropical a oeste e mata das araucárias no centro.
Clima: subtropical.
Municípios mais populosos: Curitiba (1.788.559), Londrina (495.696), Maringá (324.397), Foz do Iguaçu (309.113), Ponta Grossa (304.973), Cascavel (284.083), São José dos Pinhais (261.125), Colombo (231.787), Guarapuava (169.007), Paranaguá (147.934) - 2006.
Habitante: paranaense.

Capital:Curitiba.


Situada a 900 m acima do nível do mar, Curitiba é a capital de maior altitude do país. É conhecida internacionalmente por oferecer excelente qualidade de vida e ser um laboratório de inovações urbanas. Foi ali que, das pranchetas do arquiteto Jaime Lerner, então prefeito da cidade, nasceu, em 1971, o primeiro calçadão do país. Lerner, atualmente em seu segundo mandato como governador, encontrou também soluções inovadoras para melhorar o sistema de ônibus urbanos, como a implantação de corredores, que mais tarde entraram no mapa de outras metrópoles. As evoluções urbanas coexistem em harmonia com o meio ambiente. Para cada habitante existem 55 m2 de área verde, índice 243% maior do que o mínimo recomendado pela OMS.

Num período de pouco mais de quatro anos, a partir de 1995, o Paraná atrai grandes investimentos. Segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), enquanto o PIB brasileiro encolhe -0,12%, em 1998, o PIB paranaense evolui 2,54% no período, chegando a 58 bilhões de reais, e o PIB industrial do Estado, isoladamente, cresce 4,09%.

Dos estados da Região Sul, o Paraná foi o preferido pelas indústrias automobilísticas que se instalaram no Brasil nos últimos anos. Com a chegada da montadora de carros alemã Audi/Volkswagen, em 1999, a região de São José dos Pinhais, na área metropolitana de Curitiba, se consolida como um dos maiores pólos automobilísticos do país, ao lado do ABC paulista e da cidade mineira de Betim. Desde o ano anterior já funcionavam ali a Chrysler, de origem americana, e a francesa Renault. Com o desenvolvimento de uma malha de fornecedores de autopeças e prestadores de serviços, o pólo automobilístico paranaense mantém cerca de 90 mil empregos.

Os novos empregos trazidos pelo processo de industrializ
ação paranaense ajudam a reverter a tendência de crescimento de favelas em torno de Curitiba. As comunidades carentes da periferia em geral são provenientes do interior do estado, onde o processo de mecanização agrícola dificultou o acesso ao mercado de trabalho para a mão-de-obra desqualificada.
Produção agropecuária - Povoado principalmente por descendentes de alemães, poloneses e italianos, o Paraná conta com um setor agropecuário diversificado com altos índices de produtividade. O cultivo do café, responsável pelo início do processo de desenvolvimento econômico na virada do século, deu lugar à produção de soja, milho, algodão e trigo. O Paraná é o maior produtor brasileiro de soja, com 7,7 milhões de t em 1999, o equivalente a um quarto da safra nacional.

As geadas em julho de 2000 atingem o trigo paranaense em fas
e de formação dos grãos, o que causa a quebra da safra. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), o Paraná produziu 62% do previsto. Essa perda obrigou o país a importar, em 2000, 85% do trigo que consome.

O estado também se destaca na produção de hortigranjeiros, sendo o segundo maior produtor de batata do país. É ainda o segundo em criação de aves, respondendo por mais de 40% de toda a produção brasileira. Tem presença importante na pecuária, com o terceiro maior rebanho suíno do país e 6% do rebanho nacional de gado bovino de corte.

  • Rio Grande do Sul:
Localização:entre o estado de Santa Catarina,a norte;oUruguai,a sul;a Argentina,a oeste e o oceano Atlântico, a leste.
Área: 281.748,5 km2.
Relevo: planície litorânea com restinga e areia, planaltos a oeste e nordeste e depressão no centro.
Ponto mais elevado: serra Geral (1.398 m) .

Rios principais: Uruguai, Taquari, Ijuí, Jacuí, Ibicuí, Pelotas, Camacuã.

Vegetação: campos (campanha gaúcha) a sul e oeste, floresta tropical a leste, matas das araucárias a norte, mangues litorâneos.
Clima: subtropical.

Municípios mais populosos: Porto Alegre (1.440.939), Caxias do Sul (412.053), Pelotas (346.452), Canoas (333.322), Gravataí (270.763), Santa Maria (270.073), Viamão (261.971), Novo Hamburgo (258.754), Alvorada (214.953), São Leopoldo (212.498), Rio Gr
ande (196.982), Passo Fundo (185.279), Uruguaiana (134.928) - 2006.
Habitante: gaúcho.

Capital:Porto Alegre
Maior e mais populoso estado da Região Sul, em seu território está o ponto extremo do sul do país, o arroio Chuí. Os principais colonizadores do Rio Grande do Sul são os imigrantes italianos, que se fixaram principalmente na região serrana, no nordeste do estado, e os alemães, que ocuparam, sobretudo, a região do vale do rio dos Sinos, ao norte de Porto Alegre. Os portugueses - incluindo os açorianos - permaneceram no litoral. Além da influência européia, o gaúcho cultiva as tradições dos Pampas, região na fronteira com o Uruguai e a Argentina. Entre elas estão o chimarrão, o churrasco e o uso de trajes típicos, compostos de bombachas (calças folgadas, de origem turca, presas ao tornozelo), poncho e lenço no pescoço.
Turismo - Com paisagens variadas, o estado atrai grande número de turistas. Na Serra Gaúcha, onde o inverno é rigoroso, chegando até a nevar, existem cidades com características européias, como Gramado e Canela. Na região de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, o maior centro produtor de vinho do Brasil, a atração é a culinária italiana. No noroeste , na região das Missões, São Borja e São Miguel preservam ruínas das povoações jesuítas do século XVII, transformadas em patrimônio da humanidade pela Unesco. No litoral destacam-se as praias de Torres - a cidade mais ao norte do litoral do Rio Grande do Sul, a 197 km da capital, Porto Alegre, com clima ameno seco e temperatura média anual de 24°C -, as dunas e as lagoas, como a dos Patos, com 10 mil km2.


Qualidade de vida - Constantes investimentos em educação e saúde garantem ao Rio Grande do Sul a condição de unidade da federação com a melhor qualidade de vida do Brasil. Ao lado do Distrito Federal, o estado é o que apresenta o mais elevado índice de desenvolvimento humano (IDH) do país, taxa que leva em conta o grau de escolaridade, a expectativa de vida e a renda per capita da população. Essa situação, porém, não é a mesma para todas as regiões gaúchas. Até a metade do século XX, o sul do estado era a área mais próspera. Já em 1997, entre os dez municípios de maior PIB, apenas dois (Rio Grande e Pelotas) estão localizados na metade sul. Os municípios do norte apresentam os melhores indicadores sociais e econômicos, enquanto os do sul vêm registrando uma lenta mas gradual queda do IDH. As razões para explicar a estagnação do sul do estado são a estrutura fundiária, altamente concentrada; o atraso no processo de industrialização; os acordos multilaterais, decorrentes o Mercosul, que desgastaram o comércio dos municípios da fronteira; o tabelamento dos preços de produtos agrícolas, mantidos artificialmente baixos.
Situação econômica e investimentos - Na economia, o Rio Grande do Sul ocupa posição privilegiada. O estado tem boa parte de sua força produtiva concentrada no setor industrial. Destacam-se os ramos petroquímico, tabagista, de construção e alimentício. Também ganha fo
rça a indústria automobilística com a instalação da fábrica da General Motors (GM) em Gravataí, na Grande Porto Alegre, no segundo semestre de 2000. A montadora norte-americana estimula a criação de várias empresas ligadas aos setores de autopeças e serviços.

A chegada da GM de certa forma também compensa o cancelamento da instalação de uma unidade da Ford, prevista para 1999, que transferiu seu projeto para a Bahia. Em contrapartida, o número de empregos abertos por meio de linhas de crédito para a lavoura de invern
o do Rio Grande do Sul, em agosto de 2000, já supera a quantidade de vagas que a fábrica da Ford pretendia criar. Com os financiamentos dirigidos ao campo - principalmente para o plantio de trigo - são criados 2,5 mil empregos. A Ford prometia 1,5 mil.

Entre 1998 e 1999, a economia gaúcha cresce 10,7%. No mesmo período, o país tem uma expansão de apenas 0,8%, segundo dados da Fundação de Economia e Estatís
tica (FEE). Essa relação eleva a participação do estado no PIB brasileiro de quase 7% para 8,1% em 2004. Entre junho de 1999 e maio de 2000, comparativamente aos 12 meses anteriores, o setor industrial cresce 9,43%, de acordo com a Fiergs. Em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, começa a ser criado um pólo de informática. O primeiro passo é dado em junho de 1999, com a inauguração de um centro de desenvolvimento de pesquisas em software e hardware. No setor energético, que conta com participação majoritária da iniciativa privada, a Hidrelétrica de Itá, iniciada em março de 1996, entra em operação em junho de 2000. Outras hidrelétricas foram construídas: a de Dona Francisca, concluída em maio de 2001, e a de Machadinho, em julho de 2002.
Agropecuária - Na região dos pampas - as grandes planícies situadas na fronteira com o Uruguai e a Argentina - estão as estâncias de gado, que desempenham papel fundamental na economia gaúcha. O Rio Grande do Sul possui o maior número de ovinos e o terceiro maior número de suínos do país. Conta com o quinto rebanho de gado bovino do Brasil, a maior parte destinada ao c
orte, e é o maior produtor nacional de grãos, principalmente soja, milho, feijão, trigo e arroz. Lidera também a produção de maçã.

  • Santa Catarina

Localização:entre os estados do Paraná,a norte;e o Rio Grande do Sul,a sul;a Argentina,a oeste;e o oceano Atlântico a leste.

Área: 95.346,2 km2.
Relevo: terr
enos baixos, enseadas e ilhas no litoral, planaltos a leste e oeste e depressão no centro.
Ponto mais elevado: morro da Boa Vista, na serra da Anta Gorda (1.827 m).
Rios principais: Uruguai, Canoas, Pelotas, Negro.
Vegetação: mangues no litoral, mata das araucárias no centro, campos a Sudoeste e faixas da floresta a leste e oeste.
Clima: subtropical.
Municípios mais populosos: Joinville (496.051), Flor
ianópolis (406.56), Blumenau (298.603), São José (201.103), Criciúma (188.233), Chapecó (173.262), Lages (168.384), Itajaí (168.088), Jaraguá do Sul (131.786), Palhoça (128.102) - 2006.
Habitante: catarinense ou barriga-verde.
Capital:Florianópolis



Com 293 municípios e ocupando 1,2% do território nacional, Santa Catarina é o menor e menos populoso estado da região sul. Suas diversas praias, ao longo de 561 quilômetros de costa, são um dos destinos preferidos dos turistas que visitam a Região Sul. A capital, Florianópolis, é a segunda cidade brasileira em número de turistas estrangeiros (cerca de 600 mil), atrás apenas do Rio de Janeiro. Ao sul, as ondas de Garopaba atraem surfistas. Balneário Camboriú, a 80 km da capital, também é grande destaque da costa catarinense. Embora longe do litoral, a região serrana, no sul do estado, também atrai visitantes. Ali se registram as temperaturas mais baixas do Brasil, e a cidade de São Joaquim é um chamariz para os que esperam ver neve. Outro destaque internacional é o Beto Carrero World, na cidade de Penha.

Oktoberfest - Santa Catarina recebeu grande influência de imigrantes portugueses, alemães e italianos. O litoral e Florianópolis foram colonizados por açorianos. A arquitetura, as tradições e a gastronomia mantêm traços dessa cultura. Várias festas trazidas pelos colonizadores são realizadas durante o ano. Só no norte são mais de dez. A mais concorrida é a Oktoberfest de Blumenau, tradicional festa da cerveja de origem alemã que ocorre em outubro.


Exportações - A fatia do estado no total de exportações brasileiras está em 5,6%, que o coloca na sexta posição no ranking nacional. O número de empresas exportadoras sobe de 782 para 1.237 em dois anos. A pauta de exportações do estado é variada, abrangendo desde carne de frango e de suíno até aparelhos mecânicos e elétricos. Existem grandes destaques da indústria nacional sediadas no estado.

Centros industriais - Santa Catarina possui um poderoso setor industrial e, apesar de não ter recebido grandes investimentos estrangeiros, está entre os estados que dispõem de maior potencial para os negócios. No Vale do Itajaí situa-se um dos mais importantes parques têxteis do país. Depois da abertura comercial no início dos anos 90, quando a área têxtil entrou em crise, foram as pequenas indústrias que reagiram primeiro, permitindo às grandes enxugar estruturas, melhorar a qualidade da produção e investir em marketing e em tendências da moda para retomar o crescimento.

Pólos diversificados estão distribuídos por várias regiões - agroindústria no oeste, cerâmica no sul, motores e metalurgia no norte. Em torno de Joinville, no nordeste, estão instalados fabricantes de móveis e de materiais de construção. A estrutura portuária concentra-se nos portos de Itajaí, Imbituba e São Francisco do Sul. A nova economia também se torna muito importante para o estado. Só em Blumenau há 250 empresas de software e esse número vem crescendo.


Cebola e maçã - Baseada em pequenas propriedades, a agropecuária ocupa 70% do território catarinense. Centralizada no oeste do estado, a criação de suínos e aves impulsiona a instalação de frigoríficos e abatedouros na região. Santa Catarina é responsável ainda por 30% da oferta nacional de frutas. O estado é o maior produtor nacional de cebola e o segundo de maçã - com 47,2% do total da safra brasileira, fica pouco atrás do Rio Grande do Sul. Outros produtos de destaque são milho, arroz, soja, fumo e alho.

Seu PIB, responde por 4% da riqueza nacional. Santa Catarina apresenta bons indicadores sociais nas áreas de saúde e educação. Possui um dos melhores índices de alfabetização do país (95,2%).